ByWar esbanja competência em 4º disco



Muito tem se falado deste revival do thrash metal oitentista. Dezenas de bandas tem praticado aquela música direta e técnica, sem nada de efeitos ou melodias propositalmente sujas, como se pragmatizou chamar-se de New Metal. Mas o que muita gente se esquece é que, muitas bandas que hoje fazem trabalhos excelente tendo o thrash tradicional como referência estão na cena há muitos anos. Há mais de uma década.

Como é o caso dos paulistas do ByWar, formado em 1996 em São Caetano do Sul/SP, que lançou recentemente seu 4º disco de estúdio (sem considerar splits e participações em coletâneas), o excelente "Abduction", de 2011.

Este último prima por apresentar ao ouvinte um thrash muito bem produzido, composto e elaborado em termos de melodia e harmonia. Sem se prender a um padrão (Bay Area, Germânico), o ByWar desfila um repertório variado, com agressividade e técnica nas medidas certas.

O disco, após a intro, entra com a veloz faixa-título, "Poltergeist Time", com vocais à la Kreator e ótimos backings. “Abduction” já é um tema mais cadenciado, começa bem sabbática pra depois acelerar. É a faixa mais longa, com seus 7:06 minutos. Licks e solos melódicos em profusão, esta uma característica marcante em todo o play. Riffs cavalgados marcam “Toward the Unreal”, que, em alguns trechos lembram algo do Metallica de “Kill´em All”.

Outras faixas que eu destacaria seriam “Handful of Evil”, talvez a mais paulada do disco, “Black Spiral of Death”, com a rifferama fervendo as 6 cordas, e “Consciostly Dead”, que fecha o trabalho, com bela colocação dos solos e alternâncias com partes mais densas.

O time que gravou o CD conta com Enrico Ozio (Bateria), Hélio Patrizzi (Baixo),  Adriano Perfetto (Guitarra - Vocal), Renan Roveran (Guitarra. Na co-produção teve Brendan Duffey, que já fez trabalhos com Black Crowes, Almah, Dr. Sin, dentre outros. Ambos banda e produtor fizeram um excelente trabalho, pois o som final do disco ficou nítido, limpo, onde se ouve com tranquilidade a ação de todos os instrumentistas.

“Abduction” é daqueles albuns agressivos e prazeirozos de se consumir. Não devendo nada á qualquer banda gringa desta nova geração de thrash. Mais uma força brasileira, trilhando o caminho profissional e sério de nosso metal.

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